terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um ano depois...

Eu faço parte da geração que ficou fascinada pelo "Karaté Kid", com o "Daniel-san" e o "Mister Miyagi".
Nessa altura, as artes marciais ainda não tinham chegado ao meu cantinho da raia, mas o "bichinho" ficou...
Mais tarde, foi a "Lily Bard", da escritora Charlaine Harris (ela própria uma karateka do estilo Goju Ryu) que despertou o dito "bichinho".

Tive de lidar com alguma resistência a abandonar a área de conforto. As desculpas eram as habituais:
"é muito tarde para começar..." ou "se calhar não é para mim..."
Ao mesmo tempo, havia sempre um "porque não?!" a ecoar no meio de todas essas desculpas...

O inevitável aconteceu!
Foi no dia 6 de Outubro de 2009 que entrei num dojo pela primeira vez.
No início tudo era estranho: o GI, o ritual de saudação, a linguagem, os movimentos...
Não era fácil, mas os senseis eram pacientes e atenciosos e os colegas sempre prontos a ajudar.
Era definitivamente um ambiente que me agradava muito!

À medida que as semanas passaram, a apreensão que sentia antes de cada aula, foi substituída pela expectativa. O dojo passou a ser um local de aprendizagem, de convívio e camaradagem, de auto-descoberta, de libertação. A porta do dojo é a fiel guardiã dos problemas e das obrigações do dia a dia.

Seja o que fôr que nos leva a transpor essa porta a primeira vez: um livro, um filme, um familiar ou um amigo, vale a pena, porque depois descobrimos o que nos leva a continuar.
Numa sociedade em que estamos mais conectados do que nunca, o sentimento de solidão e individualismo está mais presente do que nunca, mas no dojo eu vejo amizade, solidariedade e o desejo de sermos melhores:
melhores karatekas e melhores seres humanos.

Hoje, penso que, numa fase da minha vida em que procurava algo, o karaté encontrou-me.

Aos meus senseis por me guiarem, por me inspirarem e incentivarem a seguir este caminho:
"Arigato Gozai Mashita"!

Aos meus colegas e amigos, por me ajudarem:
"Arigato Gozai Mashita"!

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